Conceito Mulligan


SOBRE O CONCEITO MULLIGAN®

O Conceito Mulligan® surgiu tem como um de seus “princípios” o de que “falhas posicionais” limitam movimentos fisiológicos e causam dor.

As técnicas do Conceito Mulligan® foram desenvolvidas para reparar essas pequenas falhas, fazendo uso de técnicas que envolvem a combinação de mobilização articular acessória associada ao movimento fisiológico ativo de forma indolor. É uma das técnicas de terapia manual mais seguras e confortáveis para o paciente.
O resultado esperado é o alivio imediato da dor e o aumento do arco de movimento.

A DESCOBERTA DO CONCEITO MULLIGAN®

No início dos anos 80 Brian teve seu primeiro sucesso com MWM®, o que produziu uma mudança completa na forma de abordar seus pacientes com terapia manual.
A história é engraçada.

Brian estava tratando uma paciente já algum tempo, que apresentava edema em um dos dedos da mão e movimentos de flexão e extensão restritos e dolorosos após uma lesão esportiva. Os tratamentos baseados nos conceitos Kaltenborn, Maitland, Cyriax, assim como as modalidades terapêuticas (US) não mudavam os sintomas. Tentou de tudo, oscilações, tração, glide lateral, glide medial sem sucesso.

Em um dos tratamentos, já irritado com a não resposta da paciente às técnicas, testou novamente o glide medial e a paciente disse: “estou pior, dói muito mais”. Testou então o glide lateral e a paciente disse “ agora não dói “.

Em um momento de inspiração divina e pensando fora do contexto, Brain manteve o glide, olhou fixamente para a paciente e disse lhe enfaticamente: Dobre o dedo!!!

A paciente relutou um segundo, mas sentindo-se segura realizou o movimento de flexão, enquanto Brian mantinha o glide lateral. Bingo!.
Houve melhora imediata no arco de movimento e não havia dor. Após algumas repetições sem dor, em apenas uma sessão a paciente apresentou arco completo de movimento para flexão e extensão.

Dias depois comunicando-se por telefone, a paciente lhe informou que estava bem, sem dor e com redução do edema. Brian atribuiu isso a sua frase favorita de Pasteur: “A oportunidade somente favorece a mente preparada.”

A partir desta observação e o resultado em um caso rebelde , passou a utilizar este conceito para outras articulações desenvolvendo rapidamente a idéia da falha posicional.
Paralelamente o conceito foi expandido para a coluna vertebral através da utilizaçao dos SNAGS®.

Brian afirmava que as técnicas utilizadas restauravam as falhas posicionais decorrentes de traumas e desequilíbrios musculares.

Excitado com a descoberta, Brian decidiu compartilhar seu conhecimento com outros terapeutas.
Como nesta ocasião seus cursos de terapia manual incluíam técnicas de Maitland, Kaltenborn e Cyriax, decidiu incluir algumas de suas técnicas no curso.

Na medida que ia dando mais cursos foi substituindo as outras técnicas gradualmente, até que em 1986 realizou seu primeiro curso só com suas técnicas. A cada curso novas técnicas eram agregadas ate que em 1989 resolveu escrever seu primeiro livro hoje na 6 edição e traduzido para mais e 10 idiomas. A expansão dos cursos mundialmente veio após um seminario em Perth para um grupo de pos graduados onde Brian conseguiu verdadeiros milagres com suas tecnicas. Foi entao convidado a ensinar na Inglaterra por Toby Hall, Sarah Counsel e Lynda Exelby Dai para os cursos na California e depois em todo o mundo foi só uma questão de tempo.

SOBRE BRIAN MULLIGAN

Mulligan Conference Porto 2011
Mulligan Conference Porto 2011

Fisioterapeuta formado na Nova Zelândia em 1954

Em 2008, foi homenageado pela World Confederation of Physical Therapy (WCPT) por sua inestimável contribuição a Fisioterapia. Manual Therapy – NAGS, SNAGS, MWM, etc, livro de sua autoria, publicado em 1999, está entre os mais vendidos dentro da terapia manual. O livro, em sua 10ª edição, está disponível em português, chinês, grego, espanhol, polonês, coreano, japonês e inglês. Mais de 100 artigos científicos sobre as suas técnicas foram publicados em revistas internacionais.
Na história da Terapia Manual visões revolucionárias, capazes de mudar nossa prática clínica, surgem de tempos em tempos.

Muitos foram os indivíduos responsáveis por estas mudanças que causaram um impacto na nossa forma de ver e tratar os pacientes.

Dotados de um cérebro capaz de pensar fora do contexto e com “insights” originais, pessoas como Maitland ,Kaltenborn, McKenzie, Stanley Paris, Bob Elvey e Brian Mulligan desenvolveram enfoques terapêuticos, que ajudam muitos pacientes e terapeutas na solução de seus problemas musculo esqueléticos.

Quase sem exceção, esses terapeutas “fora de série” vieram ao mundo dotados de uma modéstia extrema e uma vontade contínua de dividir suas idéias técnicas e experiências com outros terapeutas.

Brian Mulligan com seu conceito ímpar de mobilização com movimento(MWM) é uma das figuras que foi capaz de impactar favoravelmente, a prática da Terapia Manual nestas últimas décadas pelo mundo afora.

Apesar de ter começado a trabalhar num hospital público, rapidamente o abandonou para dedicar-se a prática privada. Na ocasião, abriu um consultório com Robin McKenzie e ambos já tinham um pensamento a frente do tempo, pois eram só 05 clínicas privadas de fisioterapia em Wellington.

Paralelamente, sua mente inquieta o levava a outras atividades científicas e educacionais desta maneira rapidamente passou de secretario para presidente da Sociedade de Fisioterapia da Nova Zelândia.

Seu interesse pelos estudos o levava a participar de todos os cursos “possíveis” , que fossem capazes de ampliar seu conhecimento e raciocínio clínico. E foi assim que conheceu Jennifer Hickling, que ensinava as técnicas de Cyriax e manipulações vertebrais na Nova Zelândia. Isto despertou sua fascinação pelas técnicas manuais .

Nesta mesma época S. Paris e McKenzie, também interessados em terapia manual, saíram da Nova Zelandia para estudar com Kaltenborn e quando retornaram começaram a ensinar o Conceito Kaltenborn

Brian foi um dos primeiros a inscritos no curso.

Eram tempos excitantes, cheios de novidades para jovens ambiciosos, mas permeados por frustrações, pois muito necessitava ser apresentado teoricamente e na prática destas técnicas.

Na época tratamentos fisioterapêuticos consistiam de massagens, exercícios e modalidades terapeuticas (US, UV, IV, OC, Corrente Farádica,galvanica etc ). Interessante notar que no programa de curso de fisioterapia, não haviam disciplinas de terapia manual.

OS PRIMEIROS CURSOS DE TERAPIA MANUAL

Até então Brian participava como aluno de cursos de terapia manual.

No ano de 1970, designado como representante da Nova Zelândia no Congresso da WCPT, que seria realizado em Helsink, aproveitou a viagem e matriculou se em um curso de terapia manual para as extremidades cujo professor era Fredy Kaltenborn. Quando retornou a NZ e após algum tempo de prática com as novas técnicas , começou a ensinar para grupos pequenos o Conceito Kaltenborn.

Sua destreza nas técnicas de Kaltenborn, e levaram a ser o assistente de Kaltenborn em alguns cursos.

Nesta época começava uma grande procura por cursos de terapia manual pois eram uma novidade e um diferencial terapeutico.Em 1972 foi autorizado a ensinar o conceito em Perth,Sydney e depois em Melborne, passando quase 15 anos proferindo estes cursos.

Fonte: https://www.institutomulligan.com.br/o-conceito-mulligan

https://www.institutomulligan.com.br/brian-mulligan

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